terça-feira, 20 de novembro de 2012

paragens inóspitas


Não sei quantos anos tinha. Mas lembro-me de chegar à cama e render-me logo aos sonhos das estórias intermináveis que lia e me atormentavam todos os milésimos de segundos. A única opressão era o mau momento – o que é uma aventura sem um mau momento? - antes de lutar de novo e, percebi mais tarde, não se ultrapassa em duas horas como nos romances fantásticos. Foi preciso agarrar-me com unhas e dentes a uma mulher monstruosa e angustiada; Virginia Woolf, e perceber o significado de paragens inóspitas. 


A vertigem

O desespero

A náusea 


O dia em que sono se desapegou de mim e que desde aí repete continuamente: Cai as vezes que tiveres de cair e faz o favor de te divertires com isso.

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