Ao início (meio diria) ou fim e na inevitabilidade
de pensar em ti magoava-me,
arranhava-me, mordia os lábios... doía sim,
e eu não chorava.
Raramente choro e por isso selecciono o que,
de facto,
o merece e nunca sabemos bem o que é.
E,
sabes,
o amor tem de ser alimentado
caso contrário revela-se por inteiro como um bicho acossado:
cruel.
De onde provém a mesquinhez e,
pior,
a vileza.
E chega uma altura em que, surpreendentemente, não pensas mais nele. Os dias ganham um novo ímpeto e percebes por fim (ou início) ou meio que olhar e andar para trás é uma canseira por mais que te apeteça chorar. É aí as válvulas deixam de retrair o sangue e até elas percebem que o amor, como a vida, não é para sempre. e onde outros corpos ganham vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário