sábado, 1 de junho de 2013

Ao início (meio diria) ou fim

Ao início (meio diria) ou fim e na inevitabilidade 
de pensar em ti magoava-me,
arranhava-me, mordia os lábios... doía sim,
e eu não chorava. 
Raramente choro e por isso selecciono o que, 
de facto, 
o merece e nunca sabemos bem o que é. 
E, 
sabes, 
o amor tem de ser alimentado 
caso contrário revela-se por inteiro como um bicho acossado:
cruel. 
De onde provém a mesquinhez e,
pior, 
a vileza. 

E chega uma altura em que, surpreendentemente, não pensas mais nele. Os dias ganham um novo ímpeto e percebes por fim (ou início) ou meio que olhar e andar para trás é uma canseira por mais que te apeteça chorar. É aí as válvulas deixam de retrair o sangue e até elas percebem que o amor, como a vida, não é para sempre. e onde outros corpos ganham vida. 

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