sábado, 29 de dezembro de 2012

Deste lado do Atlântico


Deste lado do Atlântico as tuas palavras soam-me ridículas. Faz um favor a ti mesmo e cura-te dessa hidrofobia. Tenho um contacto em Portugal de um bom psiquiatra, se quiseres. Mas não acho que seja caso para tanto, descansa. Odeia-me agora um pouco mais se quiseres. :) Não me importo. Há palavras e sentimentos que meto de lado como ódio e comiseração é que, sabes, é mesquinho e fazem lembrar os livros de auto-ajuda ou os do Paulo Coelho. Opto por um certo comodismo, é certo. Mimo-me até à exaustão. As pessoas, por alguma razão que me transcende, gostam de mim… e aninho-me nessa certeza, nesse aconchego. Outras foram importantes num determinado momentos e se for preciso deito-os ao Mar se notar que pretendem ficar.

Dizes-me agora que sou cruel e que ódio é o manifesto das minhas expressões faciais. Ora essa. Quanto muito chama-lhe desprezo e isso é desapreço. Ou preferes que faça como tu, agarrado a um cantinho do mundo levando-o à exaustão, até que um dia vês que não tens mais nada para destruíres. Mudar de país tem essa proeza de podermos fugir do mal que nos fizeram e fizemos. Mas nunca por um segundo deixamos de carregar connosco. Isso só na morte e é por isso que na Grécia Antiga os deuses diziam que a morte era algo de bom para os Homens. E é. Ou imaginas nós a obscurecermos o mundo para sempre? Diferente de Hitler é verdade, quiçá com a mesma maldade a que tento fugir. É tarde, e o que te escrevo  neste Email não tem sentido. Deixa-me ficar aqui mais uns tempos antes de voltar, se voltar. Sabes:

Contigo a Céu-aberto

Caio em Queda Livre.

E é tão bom que isso aconteça. 

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