quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

hei-de amar uma pedra

vejo-os a cuspirem esperma e trilho na noite inefável e tento chegar a ti. diz-me: se me escutasses o que ouvias do que digo? sabes ao menos a cor dos meus olhos? não te falo no que é dócil e naquilo que aqueles que cospem esperma querem ouvir; da dor. sempre a dor como caminho subordinado à auto-comiseração mesquinha nas amizades perissológicas. exijo mais. uma cruz ou uma merda parecida. que te dilates em mil canos e me digas como Lobo Antunes: eu hei-de amar uma pedra. Eu hei-de. 

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